Esse é um artigo de guest post escrito por Afonso Malheiro.
Agora que já sabes 3 Formas de Ter Ideias para Posts e até Gerenciar Várias Páginas do Facebook, que tal concentrarmo-nos em o que faz um bom post…?
Embora a qualidade de um post tenha muito de subjectivo, há princípios que podemos seguir para assegurar que estamos tão perto quanto humanamente possível de um post que vai criar uma conversa com a nossa audiência e que vai ter o engajamento/engagement que pretendemos.
Estes são os aspectos mais importantes da tua nova checklist de um bom post:
1 – Os “3 de Porterfield”
Tenho muita dificuldade em falar de bons posts sem recorrer à Amy Porterfield. Porque é impossível não sistematizar o tema como ela o fez – e tão bem.
Um bom post, um post que vai criar engajamento tem de fazer pelo menos 1 destas 3 coisas:
- Educar: dar conhecimento valioso às pessoas, que as deixa mais competentes depois do que estavam antes
- Inspirar: deixar as pessoas mais motivadas, prontas para enfrentar um pouco mais de adversidade
- Entreter: dar-lhes um momento leve, de escape do seu quotidiano, fazendo-as rir ou divertindo-as de outra qualquer forma
Ou seja, alguma coisa que deixe as pessoas MELHOR.
Enquanto um post não fizer isso, não está pronto, porque não está a dar algo aos fãs/seguidores. E o mais natural é os likes, os comentários e as partilhas não aparecerem. Por isso, deixa sempre um visto nesta parte da tua checklist de um bom post.
2 – Qual é o Mídia Certo?
Para comunicarmos a nossa ideia, qual é o melhor formato? Imagem, vídeo, infográfico, texto, outro?
Se queres ensinar uma pessoa a dar os primeiros passos numa rede social, o mais indicado deve ser um tutorial em vídeo. Se queremos deixar uma mensagem de inspiração e motivação, uma imagem apelativa pode ser o suficiente. Se o objectivo é entrevistar um perito e deixá-lo desenvolver as suas opiniões, bem-vindo à terra dos podcasts.
Este ponto da nossa checklist de um bom combina muito bem com o próximo…
3 – Qual é o Canal Certo?
Da mesma forma, temos de ter em conta quais as nossas forças e fraqueza, enquanto criadores de conteúdos:
- Um designer tem facilidade em criar imagens e infográficos apelativos, o que o deixa mais perto do Instagram e do Pinterest, por exemplo
- Um apresentador/speaker profissional está à vontade a falar em frente à câmara e ao microfone, o que imediatamente o coloca numa boa casa no YouTube e no Facebook
- Um escritor premiado pode e deve fazer brilhar a sua arte com as palavras, seja com o seu próprio blog, seja através de um plataforma como o Medium ou o LinkedIn Pulse.
E, claro, não podemos esquecer que cada plataforma tem requisitos técnicos. Alguns:
- São eliminatórios: no YouTube, não conseguimos publicar texto. Ou vídeos no Pinterest. Cada plataforma suporta determinados tipos de conteúdo.
- São preferenciais ou de optimização: todas as redes sociais têm dimensões óptimas que propõem para cada um dos seus conteúdos e que, respitando, damos melhores hipóteses ao nosso post de sobressair.
Podes consultar uma listagem completa destas dimensões óptimas aqui.
4 – CTA
Sobretudo em posts de média-longa dimensão, pode fazer sentido acrescentar um call-to-action (CTA), um pedido aos fãs de uma acção que gostávamos que eles tomassem.
Por exemplo, no fim de um blog sobre gerir várias páginas de redes sociais em simultâneo, podemos criar uma imagem que propõe ao leitor que experimente uma nova ferramenta de gestão de páginas. De forma gratuita. Durante 15 dias.
A oferta é simples. A acção que queremos que o leitor tome é óbvia. E não é intrusiva, considerando o tema do post.
No entanto, não faz sentido termos um CTA em todos os posts, em particular se estes CTAs forem comerciais, já que isso tende a “cansar” rapidamente fãs e potenciais clientes – porque lhes estão sempre a tentar vender alguma coisa.
Regra a seguir: dá muito mais do que pedes.
5 – Timing
Um post sobre o Pai Natal na Páscoa? Um post sobre os Óscares em Agosto?
Antes de publicarmos a nossa nova ideia, é importante assegurarmos que ela vai ser “colocada no ar” na altura certa.
Sim, existem posts que são intemporais, que não têm uma relação directa com um determinado momento ou contexto.
Mas, muitas ideias são particularmente relevantes dentro de um timing específico: se queremos fazer uma antevisão do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2017/2018, a nossa melhor oportunidade teria sido em Maio, imediatamente antes do início do Brasileirão.
Com um bónus: se o nosso post juntar – de forma coerente – a nossa marca a uma grande conversa em que muitas pessoas estão a pensar (Óscares, Natal, início do Brasileirão), o engajamento tende a estar bem acima da média.
Para este blog, eis como percorri a checklist de um bom post que acabámos de ver:
- Os “3 de Porterfield” – este post está dentro do “Educar”, já que tem o objectivo de dar a quem o lê dicas sobre como melhorar e controlar a qualidade dos seus posts
- Mídia Certo – para explicar bem cada um dos pontos, precisava de espaço, o que me deixava com as opções: blog, vídeo ou podcast. Optei por blog, e complementei com um infográfico, que resume (muito) o texto.
- Canal Certo – aqui, tinha o trabalho facilitado já que, por definição, este é um “guest post” no blog da AgoraPulse 🙂
- CTA – o blog da AgoraPulse está bem construído, utilizando uma combinação de widgets e plug-ins para expôr os seus potenciais clientes a ofertas relacionadas com o conteúdo que a pessoa está a consumir, quando isso se justifica.
- Timing – este é um post que julgo cair dentro da categoria “intemporal”, já que a preocupação com a qualidade dos posts não é propriamente sazonal. Mas se este blog servisse para explicar as mais recentes novidades do Facebook, publicá-lo o mais depressa possível seria o melhor timing possível.
Para ficares com um resumo deste guest post, fica com o infográfico que mencionei há pouco. Aqui está a tua checklist de um bom post: